TEXTOS COM OS DESCRITORES DA PROVA BRASIL PARA O 5º ANO
O DISFARCE DOS BICHOS
Você
já tentou pegar um galhinho seco e ele virou bicho, abriu asas e voou?
Se
isso aconteceu é porque o graveto era um inseto conhecido como
"bicho-pau". Ele é tão parecido com o galhinho, que pode ser
confundido com o graveto.
Existem
lagartas que se parecem com raminhos de plantas. E há grilos que imitam folhas.
Muitos
animais ficam com a cor e a forma dos lugares em que estão. Eles fazem isso
para se defender dos inimigos ou capturar outros bichos que servem de alimento.
Esses
truques são chamados de mimetismo, isto é, imitação.
O
cientista inglês Henry Walter Bates foi quem descobriu o mimetismo. Ele passou
11 anos na selva amazônica estudando os animais.
MAVIAEL MONTEIRO, JOSÉ. Bichos que usam disfarces para
defesa. Folhinha, 6 nov. 1993. Suplemento infantil do jornal Folha de São
Paulo. Adaptado pelas autoras. In:HELENA, Maria; Bernadette. Novo Tempo:
Português. São Paulo: Scipione, 1999. v. 1, p. 31.
O
bicho-pau se parece com:
(A)
florzinha seca.
(B)
folhinha verde.
(C) galhinho seco.
(D)
raminho de planta.
D2
- Relacionar partes do texto.
QUALQUER VIDA É MUITA DENTRO DA FLORESTA
Se a
gente olha de cima, parece tudo parado.
Mas por dentro é diferente. A floresta está sempre em movimento. Há uma vida dentro dela que se transforma |
|
sem
parar.
Vem o vento. Vem a chuva. Caem as folhas. E nascem novas folhas. |
|
Das
flores saem os frutos.
E os frutos são alimento. Os pássaros deixam cair as sementes. Das sementes nascem novas árvores. As luzes dos vaga-lumes são estrelas na |
|
terra.
E com o sol vem o dia. Esquenta a mata. Ilumina as folhas. Tudo tem cor e movimento. |
No trecho
"Há uma vida dentro dela que se transforma sem parar" (v.
4-5), a palavra sublinhada refere-se à:
(A) floresta.
(B) chuva.
(C) terra.
(D) cor.
(A) floresta.
(B) chuva.
(C) terra.
(D) cor.
D3 – Inferir o sentido
de uma palavra ou expressão.
BULA DE REMÉDIO
VITAMIN
COMPRIMIDOS
embalagens
com 50 comprimidos
COMPOSIÇÃO
Sulfato
ferroso .................... 400 mg
Vitamina
B1 ........................ 280 mg
Vitamina
A1 ........................ 280 mg
Ácido
fólico ......................... 0,2 mg
Cálcio
F .............................. 150 mg
INFORMAÇÕES
AO PACIENTE
O
produto, quando conservado em locais frescos e bem ventilados, tem validade de
12 meses. É conveniente que o médico seja avisado de qualquer efeito colateral.
INDICAÇÕES
No
tratamento das anemias.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não
deve ser tomado durante a gravidez.
EFEITOS
COLATERAIS
Pode
causar vômito e tontura em pacientes sensíveis ao ácido fólico da fórmula.
POSOLOGIA
Adultos:
um comprimido duas vezes ao dia. Crianças: um comprimido uma vez ao dia.
LABORATÓRIO
INFARMA S.A.
Responsável
- Dr. R. Dias Fonseca
CÓCCO,
Maria Fernandes; HAILER, Marco Antônio. Alp Novo: análise, linguagem e
pensamento. São Paulo: FTD, 1999. v. 2, p. 184.
No
texto, a palavra “COMPOSIÇÃO” indica:
(A)
as situações contra-indicadas do remédio.
(B)
as vitaminas que fazem falta ao homem.
(C) os elementos que
formam o remédio.
(D)
os produtos que causam anemias.
D4 – Inferir uma
informação implícita em um texto.
O MENINO
QUE MENTIA
Um pastor
costumava levar seu rebanho para fora da aldeia. Um dia resolveu pregar uma
peça nos vizinhos.
- Um
lobo! Um lobo! Socorro! Ele vai comer minhas ovelhas! Os vizinhos largaram o
trabalho e saíram correndo para o campo para socorrer o menino. Mas
encontraram-no às gargalhadas. Não havia lobo nenhum.
Ainda
outra vez ele fez a mesma brincadeira e todos vieram ajudar; e ele caçoou de
todos.
Mas um dia o lobo apareceu de fato e começou a atacar as ovelhas. Morrendo de medo, o menino saiu correndo.
Mas um dia o lobo apareceu de fato e começou a atacar as ovelhas. Morrendo de medo, o menino saiu correndo.
- Um
lobo! Um lobo! Socorro!
Os
vizinhos ouviram, mas acharam que era caçoada. Ninguém socorreu e o pastor
perdeu todo o rebanho.
Ninguém
acredita quando o mentiroso fala a verdade.
BENNETT, William J. O Livro das Virtudes para
Crianças. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
No final
da história, pode-se entender que:
(A) as
ovelhas fugiram do pastor.
(B) os vizinhos assustaram o rebanho.
(B) os vizinhos assustaram o rebanho.
(C) o
lobo comeu todo o rebanho.
(D) o jovem pastor pediu socorro.
(D) o jovem pastor pediu socorro.
D5– Interpretar texto com o auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, fotos etc.).
(A)
acanhado.
(B) aterrorizado.
(C)
decepcionado.
(D)
estressado.
D6 – Identificar o tema
de um texto.
CHAPEUZINHO AMARELO
Era
a Chapeuzinho amarelo
Amarelada
de medo.
Tinha
medo de tudo, aquela Chapeuzinho.
Já
não ria.
Em
festa não aparecia.
Não
subia escada
nem
descia.
Não
estava resfriada,
mas
tossia.
Ouvia
conto de fada e estremecia.
Não
brincava mais de nada,
nem
amarelinha.
Tinha
medo de trovão.
Minhoca,
pra ela, era cobra.
E
nunca apanhava sol,
porque
tinha medo de sombra.
Não
ia pra fora pra não se sujar.
Não
tomava banho pra não descolar.
Não
falava nada pra não engasgar.
Não
ficava em pé com medo de cair.
Então
vivia parada,
Deitada,
mas sem dormir,
Com
medo de pesadelo.
HOLLANDA, Chico Buarque de. In: Literatura comentada. São
Paulo: Abril Cultural, 1980.
O
texto trata de uma menina que:
(A)
brincava de amarelinha.
(B)
gostava de festas.
(C)
subia e descia escadas.
(D) tinha medo de
tudo.
D7 – Identificar o
conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
O RATO DO MATO E O RATO DA CIDADE
Um
ratinho da cidade foi uma vez convidado para ir à casa de um rato do campo.
Vendo que seu companheiro vivia pobremente de raízes e ervas, o rato da cidade
convidou-o a ir morar com ele:
—Tenho
muita pena da pobreza em que você vive — disse.
— Venha
morar comigo na cidade e você verá como lá a vida é mais fácil.
Lá se
foram os dois para a cidade, onde se acomodaram numa casa rica e bonita. Foram
logo à despensa e estavam muito bem, se empanturrando de comidas fartas e
gostosas, quando entrou uma pessoa com dois gatos, que pareceram enormes ao
ratinho do campo.
Os dois
ratos correram espavoridos para se esconder.
— Eu vou
para o meu campo — disse o rato do campo quando o perigo passou.
— Prefiro
minhas raízes e ervas na calma, às suas comidas gostosas com todo esse susto.
Mais vale
magro no mato que gordo na boca do gato.
Alfabetização:
livro do aluno 2ª ed. rev. e atual. / Ana Rosa Abreu... [et al.] Brasília: FUNDESCOLA/SEF - MEC, 2001. 4v. :
p. 60 v. 3
O
problema do rato do mato terminou quando ele:
(A)
descobriu a despensa da casa.
(B) se
empanturrou de comida.
(C) se
escondeu dos ratos.
(D) decidiu voltar para o mato.
D8 – Estabelecer a
relação causa/conseqüência entre partes e elementos do texto.
A RAPOSA E AS UVAS
Uma
raposa passou por baixo de uma parreira carregada de lindas uvas. Ficou logo
com muita vontade de apanhar as uvas para comer.
Deu
muitos saltos, tentou subir na parreira, mas não conseguiu.
Depois
de muito tentar foi-se embora, dizendo:
—
Eu nem estou ligando para as uvas. Elas estão verdes mesmo...
Ruth Rocha. Fábula de Esopo. São Paulo: FTD, 1992.
O
motivo por que a raposa não conseguiu apanhar as uvas foi que:
(A)
as uvas ainda estavam verdes.
(B) a parreira era
muito alta.
(C)
a raposa não quis subir na parreira.
(D)
as uvas eram poucas.
D9
– Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
EVA FURNARI
EVA
FURNARI - Uma das principais figuras da literatura para crianças. Eva Furnari
nasceu em Roma (Itália) em 1948 e chegou ao Brasil em 1950, radicando-se em São
Paulo. Desde muito jovem, sua atração eram os livros de estampas – e não causa
estranhamento algum imaginá-Ia envolvida com cores, lápis e pincéis, desenhando
mundos e personagens para habitá-Ios...
Suas
habilidades criativas encaminharam-na, primeiramente, ao universo das Artes
Plásticas expondo, em 1971, desenhos e pinturas na Associação dos Amigos do
Museu de Arte Moderna, em uma mostra individual. Paralelamente, cursou a
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, formando-se no ano de 1976. No
entanto, erguer prédios tornou-se pouco atraente quando encontrou a experiência
das narrativas visuais.
Iniciou
sua carreira como autora e ilustradora, publicando histórias sem texto verbal,
isto é, contadas apenas por imagens. Seu primeiro livro foi lançado pela Ática,
em 1980, Cabra-cega, inaugurando a coleção Peixe Vivo, premiada pela Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLlJ.
Ao
longo de sua carreira, Eva Furnari recebeu muitos prêmios, entre eles contam o
Jabuti de "Melhor Ilustração" --Trucks (Ática, 1991), A bruxa Zelda e
os 80 docinhos (1986) e Anjinho (1998) --setes láureas concedidas pela FNLlJ e
o Prêmio APCA pelo conjunto de sua obra.
http:llcaracal. imaginaria. cam/autog
rafas/evafurnari/index. html
A
finalidade do texto é:
(A)
apresentar dados sobre vendas de livros.
(B)
divulgar os livros de uma autora.
(C) informar sobre a
vida de uma autora.
(D)
instruir sobre o manuseio de livros.
D10
- Identificar as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor
de um texto.
TELEVISÃO
Televisão
é uma caixa de imagens que fazem barulho.
Quando
os adultos não querem ser incomodados, mandam as crianças ir assistir à
televisão.
O
que eu gosto mais na televisão são os desenhos animados de bichos.
Bicho
imitando gente é muito mais engraçado do que gente imitando gente, como nas
telenovelas.
Não
gosto muito de programas infantis com gente fingindo de criança.
Em
vez de ficar olhando essa gente brincar de mentira, prefiro ir brincar de
verdade com meus amigos e amigas.
Também
os doces que aparecem anunciados na televisão não têm gosto de coisa alguma
porque ninguém pode comer uma imagem.
Já
os doces que minha mãe faz e que eu como todo dia, esses sim, são gostosos.
Conclusão:
a vida fora da televisão é melhor do que dentro dela.
PAES, J. P. Televisão. In: Vejam como eu sei escrever. 1
ed. São Paulo, Ática, 2001, p. 26-27.
O
trecho em que se percebe que o narrador é uma criança é:
(A)
“Bicho imitando gente é muito mais engraçado do que gente imitando gente, como
nas telenovelas”.
(B) “Em vez de ficar
olhando essa gente brincar de mentira, prefiro ir brincar de verdade...”
(C)
“Quando os adultos não querem ser incomodados, mandam as crianças ir assistir à
televisão.”
(D)
“Também os doces que aparecem anunciados na televisão não têm gosto de coisa
alguma...”
D11 – Distinguir um
fato da opinião relativa a esse fato.
A RAPOSA E AS UVAS III
Num
dia quente de verão, a raposa passeava por um pomar. Com sede e calor, sua
atenção foi capturada por um cacho de uvas.
“Que
delícia”, pensou a raposa, “era disso que eu precisava para adoçar a minha
boca”. E, de um salto, a raposa tentou, sem sucesso, alcançar as uvas.
Exausta
e frustrada, a raposa afastou-se da videira, dizendo: “Aposto que estas uvas
estão verdes.”
Esta
fábula ensina que algumas pessoas quando não conseguem o que querem, culpam as
circunstâncias.
(http://www1.uol.com.br/crianca/fabulas/noflash/raposa.
htm)
A
frase que expressa uma opinião é:
(A)
"a raposa passeava por um pomar."
(B)
“sua atenção foi capturada por um cacho de uvas."
(C)
"a raposa afastou-se da videira"
(D) "aposto que
estas uvas estão verdes"
D12
– Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios, etc.
PEPITA E A PIABA
Lá
no fundo do rio, vivia Pepita: uma piaba miudinha.
Mas
Pepita não gostava de ser assim.
Ela
queria ser grande... bem grandona...
Tomou
pílulas de vitamina... Fez ginástica de peixe... Mas nada... Continuava
miudinha.
–
O que é isso? Uma rede?
Uma
rede no rio! Os pescadores!
Ai,
ai, ai... Foi um corre-corre... Foi um nada-nada...
Mas...
muitos peixes ficaram presos na rede.
E
Pepita?
Pepita
escapuliu... Ela nadou, nadou pra bem longe dali!
CONTIJO, Solange A. Fonseca. Pepita a piaba. Belo
Horizonte: Miguilim, s.d.
No
trecho “Lá no fundo do rio, vivia Pepita” (l. 1), a expressão sublinhada dá
idéia de:
(A)
causa.
(B)
explicação.
(C) lugar.
(D)
tempo.
D13 – Identificar
efeitos de ironia ou humor em textos variados.
CONTINHO
Era uma
vez um menino triste, magro e barrigudinho. Na soalheira danada de meio-dia,
ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um
vigário a cavalo.
— Você,
aí, menino, para onde vai essa estrada?
— Ela não
vai não: nós é que vamos nela.
—
Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
— Eu não
me chamo, não, os outros é que me chamam de Zé.
MENDES
CAMPOS, Paulo, Para gostar de ler − Crônicas. São Paulo: Ática, 1996, v. p. 76.
Há traço
de humor no trecho em:
(A)
“Era uma
vez um menino triste, magro”.
(B)
“ele
estava sentado na poeira do caminho”.(C) “quando passou um vigário”.
(D) “Ela não vai não: nós é que vamos nela”.
D14 – Identificar o
efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.
FEIAS, SUJAS E IMBATÍVEIS (fragmento)
As
baratas estão na Terra há mais de 200 milhões de anos, sobrevivem tanto no
deserto como nos pólos e podem ficar até 30 dias sem comer. Vai encarar?
Férias,
sol e praia são alguns dos bons motivos para comemorar a chegada do verão e
achar que essa é a melhor estação do ano. E realmente seria, se não fosse por
um único detalhe: as baratas. Assim como nós, elas também ficam bem animadas
com o calor. Aproveitam a aceleração de seus processos bioquímicos para se
reproduzirem mais rápido e, claro, para passearem livremente por todos os
cômodos de nossas casas.
Nessa
época do ano, as chances de dar de cara com a visitante indesejada, ao acordar
durante a noite para beber água ou ir ao banheiro, são três vezes maiores.
Revista
Galileu. Rio de Janeiro: Globo, Nº 151, Fev. 2004, p.26.
No
trecho “Vai encarar?” (ℓ. 2), o ponto de interrogação tem o efeito de:
(A)
apresentar.
(B)
avisar.
(C) desafiar.
(D)
questionar.
D15
– Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos
que tratam do mesmo tema, em função das condições em que eles foram produzidos
e daquelas em que serão recebidos.
Texto I: OS CERRADOS
Essas
terras planas do planalto central escondem muitos riachos, rios e cachoeiras.
Na verdade, o cerrado é o berço das águas. Essas águas brotam das nascentes de
brejos ou despencam de paredões de pedra. Em várias partes do cerrado
brasileiro existem canyons com cachoeiras de mais de cem metros de altura!
SALDANHA, P. Os cerrados. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.
Texto II:
OS PANTANAIS
O homem
pantaneiro é muito ligado à terra em que vive. Muitos moradores não pretendem
sair da região. E não é pra menos: além das paisagens e do mais lindo
pôr-do-sol do Brasil Central, o Pantanal é um santuário de animais selvagens.
Um morador do Pantanal do rio Cuiabá, olhando para um bando de aves, voando
sobre veados e capivaras, exclamou: “O Pantanal parece com o mundo no primeiro
dia da criação.”
SALDANHA, P. Os pantanais. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.
Os dois
textos descrevem:
(A) belezas naturais do Brasil Central.
(B)
animais que habitam os pantanais.
(C)
problemas que afetam os cerrados.
(D) rios
e cachoeiras de duas regiões.
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